E se eu pedisse uma opinião sobre o que escrever neste artigo? Temos alguns cenários a considerar: o primeiro seria de você realmente se empenhar em me oferecer algumas sugestões de temas, o que poderia entrar no meu conceito de “relevante” ou não (com base nos meus conhecimentos em relação a tal assunto), e assim, quem sabe, eu aproveitaria alguma ideia fornecida por você. O segundo seria você deixar do jeito que está até o presente momento e eu, como sou o responsável por produzir o conteúdo, tenho que me virar para produzir algo que seja relevante, para ambas as partes: para mim e para você. Se eu apresentasse uma lista de temas e pedisse sua opinião para eleger o melhor, você provavelmente o faria com mais facilidade, no entanto, eu poderia criar uma espécie de sabotagem ou manipulação, apresentando propositalmente assuntos chatos e apenas um de real significância. Qual você escolheria? Provavelmente o de maior importância, certo?
O fato é que nós, enquanto pessoas, muitas vezes não sabemos o que queremos até aparecer alguém para nos mostrar aquilo que queremos. Por exemplo: na época antes de Henry Ford as pessoas diriam que gostariam de um cavalo mais rápido para conduzir as carroças e não um automóvel; na adolescência dos nossos pais, eles diriam que gostariam de uma espécie de telefone portátil, mas nunca um celular; nos últimos anos, nós gostaríamos de poder estar perto de todos os amigos a qualquer hora, mesmo que não estivéssemos em outra cidade ou país, mas sequer imaginávamos que estávamos querendo estar conectados a uma rede social via internet.
Empresas se orgulham de suas petrificadas hierarquias formadas por empregados que dependem do aval de seus chefes, que dependem de seus superiores, que dependem dos seus diretores ad infinitum; o governo burocratiza o atendimento ao cidadão; o consumidor quer opção de escolha; os veículos de comunicação lançam informações “importantes” a toda hora; a ciência descobre que a “verdade” agora é outra e tudo isso deixa o mundo cada vez mais poluído e complicado.
O problema não é bem a variedade de coisas, mas o número de coisas que realmente são importantes para nós! Quantas coisas medíocres nós permitimos que tomem conta da nossa vida! Quantas coisas nós fazemos apenas de birra para compensar um orgulho ferido ou simplesmente para manter uma tradição que já está ultrapassada! Quantas reuniões ou trabalhos inventamos para apenas camuflar a nossa falta de produtividade!
Muitas pessoas presumem incorretamente que aumentar o número de coisas é ser “mais” em algo, quando o contrário é bem próximo da realidade. Não adianta se entupir de coisas vis se elas em nada acrescentam para o seu real desenvolvimento e valor. Desse modo, focar em qualidade e não necessariamente em quantidade faz toda a diferença: fazer menos, mas fazer o melhor; pedir menos, mas pedir o melhor; ter menos, mas ter o melhor (sim, é um direito – e dever – seu, ter o melhor!).
Quando você ocupa tempo demais com coisas irrelevantes, resta tempo de menos para se envolver com as coisas importantes para sua vida. O contrário também é verdade: se em tudo da sua vida você usa o rótulo de “importante”, fica faltando espaço para fazer as coisas não-importantes, você acaba sacrificando o “prazer” pelo “desespero” de viver.
Dedique-se a servir bem outras pessoas com o que você sabe fazer, mas não se permita virar escravo delas. Se for o caso, reduza o número de pessoas que você quer atender, certifique-se de fazer o seu melhor e, se for o caso, cobre mais por isso. O mesmo vale para o número de parceiros, fornecedores e amigos: escolha aqueles que se dediquem à sua causa e que proporcionem um maior sentimento de satisfação e de dever cumprido, afinal, menos é mais!
Faça, que acontece!
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